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Sensatez – A Opinião Vulgar

Todos Temos Direito a Ter Opinião

É verdade que cada pessoa vê à sua maneira o mundo que nos rodeia dando-lhe um cunho pessoal, alguma singularidade às ideias que formula sobre a vida, a morte, a ciência e a escrita dos taberneiros das salinas. Aqui expressarei as minhas, a convite honroso do director do RMJornal, António Moreira, mas se é verdade que poderão ter aquela originalidade que referi, a questão que se coloca é saber se torná-las públicas valerá a pena; opiniões de um homem que não é cientista, que não é crente, e que não é sequer especialista em escrita, nem na dos taberneiros nem em nenhuma outra. E se tivermos ainda em conta a quantidade e a diversidade de pontos de vista fascinantes (sobre qualquer tema), à distância de um clique, os pareceres de um homem banal, ou tão comum, como eu, tornam-se definitivamente irrelevantes.

Walt Whitman, autor de “Leaves of grass”, chamou-nos à atenção precisamente para essa qualidade pouco distintiva das coisas muito comuns, e fê-lo de uma forma genial ao dizer que Deus devia amar profundamente as folhas de erva, senão não as teria feito em tão grande quantidade. É isso, eu, e provavelmente o amigo leitor, afinal somos milhões e afinal temos lugar neste mundo tão cheio de certezas e de apocalipses, de especialistas em guerras nucleares e em catástrofes ambientais. Afinal, as nossas opiniões vulgares, baseadas num senso que julgamos apenas razoável têm cabimento na sociedade.

Eu chamo-me Silva Porto, moro na vila da Benedita, sou jovem empresário e tenho como sonho a construção de uma sociedade mais justa e mais coesa, mas que permita simultaneamente aos mais dotados serem artistas, investigadores, atletas de alta competição, líderes, empresários, um país que promova a diferença sem descurar a harmonia. Virei aqui com alguma regularidade defender esse instinto democrático com a singularidade do meu avatar.

Debitarei opiniões, repito, que pouco têm de especializadas. O taberneiro que inventou aquela forma gráfica magnífica de registar o consumo dos trabalhadores das salinas também não deixou assinatura. E do nosso quotidiano podia extrair mais exemplos de contributos de tantas pessoas incógnitas para o bem geral.

A comunhão do homem com outros homens tem uma regra não escrita, um senso, uma prudência, um rumo que só pertence a todos, à humanidade. Nenhum académico, nenhum “famoso” detém a exclusividade desse saber. E ainda bem, digo eu.

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Silva Porto
Silva Porto, Escreve uma Coluna no RM Jornal com o Nome de Sensatez - Opinião Vulgar, Jovem empresário tem como sonho a construção de uma sociedade mais justa e mais coesa, mas que permita simultaneamente aos mais dotados serem artistas, investigadores, atletas de alta competição, líderes, empresários, um país que promova a diferença sem descurar a harmonia.

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