Início>Desenvolvimento Económico & Social>SANEAMENTO BÁSICO DE ÁGUAS RESIDUAIS
Saneamento Básico e Águas Residuais

SANEAMENTO BÁSICO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Saneamento Básico das Águas Residuais

Os serviços públicos de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais são fundamentais no progresso das sociedades modernas. São serviços essenciais ao bem-estar universal, à saúde pública e à segurança coletiva das populações, às atividades económicas e à proteção do ambiente e devem orientar-se por princípios de universalidade no acesso, na continuidade e qualidade de serviço e de eficácia e equidade dos preços ao utilizador.

Em Portugal, como noutras nações, a responsabilidade pela sua prestação tem estado tradicionalmente na alçada das autarquias, embora mais recentemente com um envolvimento crescente do Estado central. Podemos dizer que nas últimas décadas, Portugal assistiu a uma profunda reestruturação e modernização dos serviços de saneamento, ao aumento da infraestruturação, à empresarialização do sector e à introdução de mecanismos regulatórios.

Simultaneamente com a disponibilidade de financiamento, nomeadamente da União Europeia, e o esforço de centenas de entidades gestoras destes serviços, bem como, de numerosos profissionais, possibilitaram um extraordinário desenvolvimento neste setor e uma significativa melhoria da prestação dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais à população portuguesa.

No entanto, tanto a nível da cobertura, como na qualidade dos serviços prestados, esta não é presentemente a realidade do País, onde diferentes políticas públicas conduziram a níveis frequentemente insatisfatórios de resultados. No caso do nosso Concelho, foram através de financiamento comunitário, construídas redes de saneamento em Alfouvés e Azambujeira, estando prevista a sua ligação à estação de tratamento (ETAR), de São João da Ribeira, no primeiro trimestre de 2010. No entanto, decorridos onze anos, essas redes continuam por ligar à ETAR, inviabilizando todo o investimento feito, assim como, prejudicando o ambiente. Pergunto: onde está a tutela fiscalizadora?

Se investigarmos as políticas públicas de abastecimento e saneamento de águas em Portugal nestas últimas  décadas, essa análise, permite-nos identificar uma série de problemáticas estruturantes que, com maior ou menor intensidade, revelam uma relação disfuncional entre o Estado e as autarquias locais, que impossibilitam a implementação e o desenvolvimento de uma visão integrada e eficiente de políticas públicas à escala de todo o território nacional, e de um quadro institucional capaz de executar e concretizar os seus propósitos essenciais. Os problemas de financiamento, utilizados como fundamento político para justificar a inoperância do Estado e das autarquias não é justificável.

João Teodoro Miguel escreve às quintas feiras no Rio Maior Jornal

Veja outros artigos de João Teodoro Miguel

Editor Web
António Moreira Prof. Adjunto no Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Desporto de Rio Maior Doutorado em Ciências do Desporto - UTAD Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Chinesa Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - ICBAS da Universidade do Porto É Director do RMJORNAL.com
https://rmjornal.com

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.