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POEMA – “A TURBA”

De João de Almeida Santos

AH, MANEL,
Cedo demais
Eu cantei,
Dei vivas
À liberdade
Nas ruas e
Nas praças
Da cidade
Quando o tumulto
Da turba
Já se fazia
Ouvir
Nas catacumbas
Da vida,
Nesses lugares
Perigosos
Onde não
Podes sorrir,
Onde a cor
É proibida.

ERAM HORDAS
Revoltosas,
Caíram
Pesadas na praça,
Destruíram
A calçada,
Esse sagrado
Lugar
Onde estávamos
A ver
A nossa banda
Passar.

NÃO SAIO DAQUI,
Manel,
É melhor viver
De brisa,
Ao lado da
Anarina,
A fúria dos
Invasores
Não me deixa
Respirar,
Metralha
Os meus sentidos,
Já nem consigo
Voar.




CÁ NA ILHA,
Manel,
Há sempre
Uma brisa fresca,
Mulheres lindas
A sorrir,
Há flores,
Há rios
E também mar,
Há pintores
De tinta fresca
Que estão sempre
A pintar,
Há poetas,
Trovadores,
Há baladas
De embalar,
Há alegria
Sem fim
E música
Para dançar.

E POR ISSO
Eu cá fico.
Há muito frio
No ar,
Há muita arte
Perdida
Que temos
De recriar.

PROCURO, POIS,
A magia
Para celebrar
A vida
Em nome
Da liberdade
Com as cores
Da nossa ilha
Cantadas
Em poesia,
Que é canto
De verdade.

NA ILHA
Prossegue
O sonho
Em serena
Acalmia,
Por isso daqui
Não saio
Para cantar
E dançar
A valsa
Da liberdade
No palco
Da fantasia.

Poema
Ilustração: “Palácio das Artesna Ilha da Utopia”.
Original da autoria de João de Almeida Santos
Janeiro de 2023.
Editor Web
António Moreira Prof. Adjunto no Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Desporto de Rio Maior Doutorado em Ciências do Desporto - UTAD Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Chinesa Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - ICBAS da Universidade do Porto É Director do RMJORNAL.com
https://rmjornal.com

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