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NEVA-ME NA ALMA

Poema da autoria de João de Almeida Santos

ESPEREI POR ELA,
A bela adormecida,
Na montanha,
Nesse dia,
Lá no alto,
Branca e fria,
Finos
Farrapos
De seda
A vestir-me
A fantasia.

ESSE BRILHO
Cintilante
Que sempre
Desce
Do céu
E engole o
Horizonte
Pra me cobrir
Como véu...

A CHUVA MIUDINHA
Caía
E as finas
Gotas geladas
Pareciam
Farrapinhos
A descer
Das cumeadas.
RA A MINHA 
Fantasia
Que na alma
Me fazia
Esse intenso
Nevar
De tão forte
Ser o desejo,
De sempre
Com ele sonhar.
ESPEREI
Pela tarde,
Pelo brilho
Envolvente
E a brancura 
cintilante
Que sempre
Desce do alto
E me abraça
Como amante.

MAS NÃO,
De manhã
O céu
Era azul e
Transparente
E a esp'rança
Findou ali,
Com o sol
A despontar
Quando triste 
Eu parti,
Saudades
De com a neve
 Brincar,
Dos bonecos
Que com ela
Estava sempre
 A moldar.

DISSE ADEUS
À montanha,
Mas prometi
Lá voltar,
O desejo
É intenso,
Mas não quero
Que só na alma
M'esteja
Sempre a nevar.
Ilustração: “A Montanha e a Neve” Original da autoria João de Almeida Santos. Janeiro de 2023.
Editor Web
António Moreira Prof. Adjunto no Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Desporto de Rio Maior Doutorado em Ciências do Desporto - UTAD Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Chinesa Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - ICBAS da Universidade do Porto É Director do RMJORNAL.com
https://rmjornal.com

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