A Gala Eugénia Lima vai ter lugar no dia 6 de Novembro Próximo
Integrada nas comemorações do feriado municipal do concelho de Rio Maior, vai ocorrer no Cineteatro pelas 16 horas, do próximo dia 6 Novembro, a XIX Gala Eugénia Lima.
Além de sete Acordeonistas reputados, o Duo Ciranda, constituído por Inês Vaz e Gileno Santana, ainda Catarina Brilha; José Cláudio; David Antunes (vice-campeão nacional e internacional); Emanuel Soares, João de Castro terá também a participação do Tubista Francisco Baptista e o Trompetista Vasco Miguel, igualmente campeão nacional e internacional.
Os acordeonistas apresentar-se-ão em palco para actuações de duos, trios e a solo, interpretando um reportório inédito, que integrará música ligeira, passando pelo fado e pela música clássica.
A “XIX Gala Eugénia Lima”, conta este ano com apresentação de Graça Silva.
Igualmente inserido no programa das Comemorações do Feriado Municipal, e no âmbito da homenagem à acordeonista Eugénia Lima, decorrerá no mesmo dia uma iniciativa de animação itinerante com um grupo de concertinas, que circulará por ruas da cidade.
As entradas são gratuitas, mas os convites devem ser levantados com antecedência na bilheteira do Cineteatro.
Serão cumpridas as normas definidas pela DGS, nomeadamente o uso obrigatório de máscara facial.
Mais informações podem ser obtidas através do email [email protected] ou dos telemóvel: +315 961 789 266 ou do telefone: + 351 243 999 350
Biografia de Eugénia Lima
Eugénia Lima nasceu em Castelo Branco, em 29 de março de 1926 e faleceu em Rio Maior, a 4 de abril de 2014.
Foi uma acordeonista prodígio e compositora portuguesa, com uma brilhante carreira nacional e internacional .
Filha de Mário António de Lima, um afinador de acordeões, e Maria do Rosário Martins de Lima, é autora de mais de duas centenas de temas e conta na sua discografia com mais de 50 gravações.
Estreou-se aos quatro anos, no Cinema-Teatro Vaz Preto em Castelo Branco.
Aluna de de professores de música como José Piló Rodrigues Cambaio e Mário de Nascimento Ribeiro, ambos músicos da Banda Militar de Castelo Branco em 1935, ainda sem ter cumprido o 10 aniversário, Eugénia Lima estreava-se no Teatro Variedades, na revista Peixe Espada.
A sua primeira aparição na da Emissora Nacional, ocorreu em 21 de Novembro de 1935 num programa sobre o folclore da Beira Baixa. Com uma restrição legislativa de 1936 que impedia a participação de artistas menores de idade actuassem em casas de espetáculos, foi necessária uma autorização especial da Presidência da República, para que a Artista continuasse a actuar.
A descriminação ao acordeão, então considerada um instrumento menor, impediu o pai de a inscrever no Conservatório de Lisboa , tendo nessa altura os responsáveis dito que o acordeão não tinha entrada naquela instituição.
Em, 1943 Eugénia Lima gravou o seu primeiro disco, e em 1947 venceu o concurso de acordeonistas da Emissora Nacional e inicia a sua primeira digressão a convite da convite da fábrica franco-italiana de acordeões Fratelli Crossio, promovendo váriso recitais em França.
Foi fundadora em 1956 da Orquestra Típica Albicastrense.
Em 1984 participou como artista convidada em Dar & Receber, um dos álbuns emblemáticos do cantor António Variações. e recebeu o Diploma Honorífico da União Nacional dos Acordeonistas de França, sendo a primeira vez, em que uma não nacional a obteve este reconhecimento. Tendo igualmente recebido o diploma do Curso Superior de Acordeão na categoria de Professora pelo Conservatório de Acordeão de Paris.
Em 2011, foi inaugurado na sua presença o Jardim com o seu nome, sito nas imediações da Av. Paulo VI, em Rio Maior, numa iniciativa da Câmara Municipal à data presidida por Isaura Morais.
Obteve vários prémios:
- em 1962 o Óscar da Imprensa,
- em 1980 o grau de Dama da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada,
- em 1986, a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura
- E o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 1995.
Aos 85 anos, foi alvo de uma festa de homenagem em Castro Marim, onde Eugénia Lima revelou sofrer da doença de Parkinson.
Faleceu em Rio Maior a 4 de Abril de 2014 com 88 anos.
Pouco antes da sua morte a 25 de Março Eugénia ofertou o acordeão que a artista considerava como mais importante, aquele que tinha sido afinado pelo seu pai, ao Santuário de Fátima, vindo a falecer a 4 de Abril em Rio Maior, terra onde passou vários anos da sua vida.
Em 2015, foi fundada a “Associação Cultural – Instituto Eugénia Lima, Rainha do Acordeão”INSTITUTO EUGÉNIA LIMA, RAINHA DO ACORDEÃO”, com sede no Restaurante Fortaleza, para dar personalidade ao espaço museológico e memorial criado pela própria Mestre Accordeonista Eugénia De Jesus Lima, e que tinha sido inaugurado a 29 de Junho de 2013, (Festa de São Pedro), com o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa na pessoa de Sua Alteza Real Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança, e o Alto Patrocínio da Câmara Municipal de Rio Maior, na pessoa da Senhora Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais e contando ainda com o Patrocínio das Edições Valentim de Carvalho, na pessoa do Presidente Francisco Vasconcelos.
Este programa contou com a apresentação do último trabalho discográfico da Artista, “Nem 8, nem 80” produzido pela sua editora de sempre, a Valentim de Carvalho.
DISCOGRAFIA
Álbuns de estúdio
1973 Eugénia Lima, acordeão (LP, Rádio Triunfo)
1991 Eugénia Lima (CD, Discossete)
1995 O Acordeon Canta o Fado (CD, Discossete)
Compilações
1994 O Melhor dos Melhores n.º 47 (CD, Movieplay)
Participações
- 1989 Dar & Receber de António Variações (artista convidada)
- 1995 Vira da Minha Terra de José Ferreiro.
Prémios e condecorações
- 1947 – 1.º Lugar no Concurso de Acordeonistas (Emissora Nacional)
- 1962 – “Óscar da Imprensa” (melhor solista de música ligeira)
- 1980 – Dama da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada
- 1984 – Diploma Honorífico atribuído pela União Nacional dos Acordeonistas de França
- 1984 – Medalha de Mérito Cultural (1 de outubro)
- 1995 – Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique
FONTE: Wikipédia, Meloteca
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