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FUTURO. A INCERTEZA DE UMA VERDADEIRA DEMOCRACIA

Estimados leitores: O final de 2022 está quase esgotado. A esperança do novo ano ser melhor, é realmente uma esperança, mas o futuro não se afigura risonho para a vida do comum cidadão. Também na área política as incertezas são bastantes.

Temo, que a Europa a 27 onde estamos inseridos venha a sofrer alterações profundas na qualidade da democracia. Esta Europa só pode ser gerida com cedências, até quando este modelo vai funcionar? Atualmente, a Polónia e a Hungria são governos populistas. Aqui, entramos na “DEMOCRACIA ILIBERAL”. Segundo a Wikipédia, “Democracia iliberal, também chamada democracia parcial, democracia de baixa intensidade, democracia vazia. É, um sistema de governo no qual, embora eleições ocorram, os cidadãos são afastados de exercer controle sobre as atividades daqueles que exercem poder real por conta da falta de liberdades civis.”

Outros governos europeus para lá caminham. O recente caso de corrupção de elites, do Parlamento Europeu, ao que parece, foram compradas para defenderem os interesses de lóbis.

Nesse sentido, vou tentar ser breve e, deixar mais algumas notas sobre o atual estado das democracias. Como todos nós sabemos, nenhum Estado, nenhum País, pode estar e viver isolado dos outros. A geografia política define os interesses de cada Região.

Existem quatros pilares que defendem os seus interesses. O pilar ocidental, a Europa, que abarca também os Estados Unidos. O pilar euroasiático imperialista liderado pela Rússia, que atualmente ocupou parcialmente parte da Ucrânia, com o objetivo de manter a sua influência geopolítica e que, tem provocado por todo o mundo convulsões e incertezas. O pilar que defende o islão, cujo centro ainda não está definido. O outro pilar é, a área dos interesses liderados pela China.

Gostaria, assim, de vos deixar uma reflexão sobre a dificuldade em manter uma verdadeira e saudável democracia.

Vejamos. Portugal vive em democracia. Mas, essa democracia, tem barreiras que não a deixam funcionar. Barreias legislativas, barreiras judiciais, barreiras económicas e, também, entre outras, as barreiras políticas! Aqui, nesta última barreira, é onde está o maior problema no meu ponto de vista!

Se me perguntarem:  a nossa democracia está em perigo? Sim, tal como muitas outras, está em perigo!

Observemos ainda o seguinte: Nos Estados Unidos, uma antiga e sólida democracia, a atual situação política divisionista é preocupante para o mundo ocidental. No Brasil, a situação não é melhor!

Aqui, na Europa um ex-Estado Membro, a Inglaterra. Vive momentos de incerteza

Quero lembrar o caso da passada semana. A Alemanha, um país que tem prezado a democracia, que quando existem eleições, quando não há maioria para a formação de governo, chegam a demorar 6 meses até encontrarem a solução governativa. A solução governativa encontrada vai até ao fim da legislatura. Esta mesma Alemanha democrática, está a ser alvo de tentativa extremista de golpe de estado.

Na França, o berço da democracia europeia, a ação política dos partidos não tem tido a capacidade política para resolver a transformação da sociedade francesa. Esta situação não augura nada de bom para uma verdadeira democracia.

Na Itália. A direita, podemos dizer, extremista, já está a governar.

Muito haveria para escrever. A falta de ética política, a ética dos cidadãos, a corrupção na esfera pública. Enfim, os temas são intermináveis.

Deixo-vos estas reflexões em final de ano. Aproveitando também a oportunidade para vos desejar um Santo Natal e um Bom Ano Novo.

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João Teodoro Miguel
João Teodoro Miguel, é natural de Rio Maior. Foi empresário até 2008. Teve uma breve passagem pela política como independente. É Mestre em Economia, Políticas e Culturas. Pós-graduado em Gestão e Organização Industrial. Diplomado no Programa Avançado de Economia e Gestão de Empresas de Serviços de Águas. Foi investigador na Universidade Lusófona. Atualmente é reformado.

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