Entrevista com o Presidente eleito de Rio Maior, para o próximo quadriénio, Luís Filipe Santana Dias – 1 – Balanço e Vitória
RMJornal: Caro Presidente eleito Filipe Santana Dias, desde já aceite os nossos parabéns pela Vitória eleitoral da noite de ontem, uma Vitória robusta e desejo de votos de bom trabalho, e igualmente os agradecimentos em nome do Rio Maior Jornal por ter acedido, conforme o compromisso de há 15 dias, de nos dar esta entrevista no dia de hoje para podermos publicá-la na próxima edição da maior jornal.
Começo por referir que teve uma vitória com maior percentagem de votantes que há quatro anos e mais votos. Uma situação algo estranha se tivermos em conta alguns aspectos, como a mudança de ciclo, a primeira vez que vai a votos… no entanto, apesar disso, duas juntas são perdidas pela Coligação Juntos pelo Futuro:
Qual é o Balanço que faz dos dois anos, mais de dois anos, de Presidência até aqui, e dos resultados comparando uma coisa com outra?
Luis Filipe Santana Dias: Antes de mais agradecer-vos disponibilidade por estarem um bocadinho de tempo comigo e a paciência, e as felicitações pelo resultado eleitoral. Será difícil fazer a breve trecho um balanço destes dois anos, porque muito aconteceu e muito haveria a dizer e muito tempo demoraríamos para poder fazer esse balanço.
Quanto aos dois anos de balanço, dizer que foi uma metade mandato atribulada, e atribulada, pelas razões que todos conhecemos, atribulado pela pandemia, atribulado pela dificuldade vindoura da pandemia, o apoio social, a necessidade de acompanhar a população, a necessidade de acompanhar a população numa altura em que tudo parecia falhar e portanto, eu costumo dizer, e reforço, se as autarquias fazem sentido nunca tanto como nesta altura, o fizeram pela proximidade, pela rapidez da acção, pela elasticidade dos procedimentos e por conseguirem, ao fim e ao cabo, chegar mais rápido às pessoas do que propriamente o estado central.
Enquanto balanço de dois anos de mandato, além da gestão da pandemia que me parece, que sendo exigente conseguiu agregar aqui as autarquias e as populações que serve, no sentido de cumprir objectivos comuns; e acho que essa foi uma vitória importante que conseguimos, não gostava de centrar os meus dois anos de Presidente de Câmara na gestão da pandemia, esta foi uma obrigação que tivemos, foi muito exigente mas houve toda uma série de acontecimentos que não pararam apesar da pandemia: os investimentos no espaço público, a relação com as freguesias, as grandes obras; conseguimos ir fazendo sem nunca parar estes investimentos.
Uns concordarão mais, outros concordarão menos com estes investimentos que fizemos, mas diria que no grosso modo conseguimos imprimir mudança, na cidade de Rio Maior e nas Freguesias, com mais dificuldade do que era expectável, como é óbvio, houve que fazer a gestão destas aspectos simultaneamente com a gestão da pandemia, exigiu muito de todos, principalmente dos riomaiorenses, mas acredito que em dois anos fizemos muita coisa que à partida teríamos desculpa para não fazer, porque tendo uma pandemia, andando aqui de mãos atadas nesta gestão, poderíamos não conseguir fazer tanta coisa na rua, mas com a ajuda de todos, e aqui as juntas de freguesia foram importantíssimas, conseguimos fazer um excelente trabalho no concelho da minha opinião e posso ser suspeito nesta análise.