Luís Filipe Santana Dias – EPRM – 2ª Parte
RMJornal: Mas não me respondeu à pergunta: Se pretende manter a estrutura accionista!?
Luís Filipe Santana Dias: Importa, importa responder a Isso.
Luís Filipe Santana Dias: A escola precisa a partir do momento em que a estratégia de alienação de parte das ações que a Câmara tem, foi gorada iniciámos imediatamente outro caminho…
RMJornal: Vão Mantê-lo?
Luís Filipe Santana Dias: Estamos a mantê-lo. Iniciámos o caminho vamos iniciar outro caminho que parte aqui, se calhar, em duas vertentes diferentes; porque acreditamos que a solução propusemos que não tendo sido aceite, ou tendo sido fintada, nós tínhamos obviamente de nos pôr ao caminho …
RMJornal: Deixe-me interrompe-lo, para que isto seja mais interactivo!
A solução foi interrompida por este conflito com a associação empresarial, mas também as forças políticas na Assembleia Municipal não estavam muito de acordo com a proposta!?
Luís Filipe Santana Dias: Respondendo directamente houve nas Assembleias, na Assembleia temática que desenvolvemos só relativamente a este tema, houve posições divergentes sendo que a Assembleia democraticamente votou favoravelmente a estratégia da Câmara Municipal.
Portanto houve discussão, houve desacordo, claro que houve, mas importa dizer também que este processo não parou por uma decisão política, parou por uma decisão unilateral por parte da associação empresarial que servia de base ao concurso Público da venda e portanto com essa decisão, que vem contrariar tudo aquilo que eram decisões anteriores, faz cair uma decisão inclusive da própria assembleia municipal.
Bem, este caminho feito, e interessa-nos mais falar de futuro àcerca da escola profissional; foi decidido nesse momento e no dia a seguir estávamos a trabalhar noutro sentido, e essa estratégia foi reforçada agora recentemente com outra linha de acção. Numa primeira linha aquilo que pusemos imediatamente a escola a fazer, foi alargar o raio de ação no sentido de fazer com que a formação de activos, da formação continuada dos trabalhadores riomaiorenses, da mão de obra riomaiorense pudesse ser uma mais-valia, e uma oferta que pudessemos ter, para que o mercado pudesse através destas acções ajudar a financiar a Escola Profissional (por gralha refere Associação Empresarial com formações à medida factos à medida das empresas.
RM Jornal: O RM Jornal fez uma entrevista (à EPRM) e percebeu que a oferta formativa da EPRM se alterou, e isso pareceu uma manobra inteligente, que aumenta a captação e melhora os recursos
Luís Filipe Santana Dias: Sim. E isso foi um ponto importante; até porque nós vamos nós temos uma relação excelente com os empresários na região que nos permite ter quase a cada momento quais são as formações que necessitam; este aproximar das necessidades e daquilo que podemos proporcionar eu creio que é uma receita excelente, e pode a médio prazo, curto médio prazo tem obrigação de ajudar a suportar financeiramente a escola. Este foi um caminho que seguimos.
Outro caminho seguido foi com alguma internacionalização da mesma. Nós fizemos uma iniciativa aqui há uns meses, não muitos, e fomos à Guiné-Bissau estabelecemos lá um protocolo quer com o governo quer com 2 ONG’s e com uma Universidade,
RM Jornal: O RM Jornal noticiou isso, Já chegaram as alunas?
Luís Filipe Santana Dias: Já chegaram 10 alunas e conseguimos com isso encontrar pontes para que o número de alunos necessário para viabilizar as turmas da escola profissional por forma a que ela possa ser sustentada sejam garantidos por alunos neste caso da Guiné-Bissau, o que não impede obviamente que de hoje para amanhã possamos abrir protocolos e parecerias com outros países no sentido de ajudarmos, de sermos ajudados com a presença desses, alunos e ajudarmos, ao fim ao cabo, na formação desses mesmos alunos para catapultar esses países e o trabalho desses técnicos desses países que vai ajudar muito…
Quando essa estratégia foi seguida as contas da escola profissional tendem obviamente a suavizar-se sentido positivo. Há trabalho para fazer ainda, …
RM Jornal: O RM Jornal noticiou isso, Já chegaram as alunas?
RM Jornal: Mas não pensa aproveitar a mudança da estrutura accionista, diminuindo o capital da câmara para obter a totalidade do financiamento do estado?
Luís Filipe Santana Dias: Penso, penso . E creio que isso…
RMJOrnal: É muito importante para os riomaiorenses ouvirem essa parte
Luís Filipe Santana Dias: E reconhecendo que podia, e pode, ser aperfeiçoada a forma como originalmente sugerimos a alienação, eu creio que quanto antes conseguirmos dar condições a Escola Profissional, para que ela possa ser totalmente financiada através do Estado Central mantendo aqui uma ligação forte a Rio Maior, com as empresas riomaiorenses, com comparticipação, ainda que em pequena escala por várias empresas riomaiorenses, mas que ajude a diluir a participação social da Câmara municipal deixando a Escola Profissional de ser uma empresa municipal, garantindo também que a Câmara continua a ter uma boa participação na escola não tendo mais de 50%, creio que esse será o eco sistema perfeito…
RMJornal: A Câmara pode continuar a ser o accionista maioritário sem ter o controlo absoluto, abrindo a outros capitais.
Luís Filipe Santana Dias: Portanto esse é o caminho que estamos a trilhar, do ponto de vista administrativo é um processo complexo mas que é possível ser feito. A nossa escolha inicial, o que fizemos em conjunto com os parceiros, lá está com os sócios, não era essa, como sabe que participou ativamente, era fazermos uma alienação a alguém que no sector tivesse conhecimento para poder continuar com a escola em formação.
Hoje acreditamos, embora não tenhamos dado o passo atrás, reconhecemos que é possível outra forma.
Ou seja, a Escola de per si, tem capacidade, a sua gestão pedagógica está lá, temos condições para continuar um bom serviço, então provavelmente o caminho que faremos será o da alienação, por uma questão de viabilização da escola, garantindo que, percebemos isso também, os sinais que os riomaiorenses nos dão são obviamente interessantes, e percebemos que ficaríamos todos muito mais confortáveis se o capital pudesse ser detido por empresas riomaiorenses.
RMJornal: Os Riomaiorenses com certeza vão ficar contentes ao ouvir esta informação que penso é a primeira vez que é dada publicamente. Nós Agradecemos.
Nota da Redação: A resposta do Presidente da Câmara Municipal, Luís Fiipe Santana Dias, à pergunta do Rio Maior Jornal sobre a escola Profissional, focando naturalmente o conflito que opõe a CMRM À AECRM, será naturalmente e fazendo jus ao nosso lema, seguida de uma entrevista ao Presidente da Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior. O direito ao contraditório é um princípio que sempre nos norteará. A entrevista está em vias de agendamento e será publicada até ao final da próxima semana.
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