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Concelhia do PS

Ciclo Autárquico 2021-2024 – Entrevista com Miguel Paulo

Miguel Paulo

Respostas do Candidato pelo Partido Socialista Miguel Paulo

1 – Qual é a sua proposta sobre a organização administrativa dos Serviços
Camarários?

É, a par de outras, uma área crítica e que tem importância vital no desenvolvimento do Concelho e na vida dos cidadãos.

Maior proximidade, mais rapidez e eficiência, mais resultado.

Reorganização de Serviços, maior investimento em meios (hardware e software, p.ex.), formação a funcionários, descentralização nas Juntas de Freguesia, melhor acesso a instrumentos, formulários e informação via on-line. Exemplo: um processo de licenciamento de uma obra destinada a turismo rural ou habitação não pode demorar 18 meses, e hoje estamos neste registo.


2 – Quais sãos as ideias chave para a organização da Mobilidade, e Rede Viária?

A Mobilidade entre Freguesias e lugares, e entre estes e a Sede do Município (Rio Maior) tem de ser acautelada, quer por recurso a meios próprios do Município e Freguesias, quer contratando a privados. Teremos é de assegurar que os mais carenciados ou com dificuldade objetiva de transporte não se vejam impedidos ou prejudicados no acesso a Serviços Públicos, desde a Saúde à Cultura, ou a quaisquer outros com interesse no seu bem-estar ou desenvolvimento pessoal. A eletrificação do transporte e as condições de carregamento elétrico na cidade e freguesias fazem parte do nosso projeto.

A Rede Viária carece de estudo e análise para uma melhor gestão, organização, manutenção e investimento. Em 2021 “o camião do alcatrão” é importante, mas é o último a chegar. Na sua frente tem de ir engenharia e planeamento, tem de se atender ao saneamento, rede de águas, correção de curvas, fresar lombas e raízes de árvores, colocar passeios, rails de proteção, melhorar acessos, limitar velocidade, construir estacionamento. Um alcatroamento faz-se para aumentar a segurança, a qualidade de circulação e para durar vários anos.

São precisas novas ruas e novas estradas no Concelho, nem todas alcatroadas, dentro e fora das localidades. Um nó de ligação ao IC2, em Vale de Óbidos, com uma Avenida de ligação à cidade, é um projeto por nós proposto. Um maior e melhor acompanhamento do desenvolvimento do IC2, o acompanhamento do atravessamento da linha ferroviária de alta velocidade, no nosso Concelho, é uma prioridade nossa.


3 – Quais são as directrizes que tem programadas para a área do Ambiente e da Qualidade de Vida?

A área do Ambiente e das Alterações Climáticas são um vetor principal da nossa ação. Uma rápida e eficiente adaptação às novas Diretivas Europeias e nacionais neste campo, fazem parte da nossa ação a propor.

O saneamento básico terá de ser alargado a todos as habitações que ofereçam condições técnicas e ao alcance financeiro do Município. Os que não puderem ser ligados à rede pública, terão de ser abrangidos por solução móvel, organizada, fiável, limpa.

O Município tem de ter um Plano de Ação para a perda de água na rede de distribuição. Não levantar o estado da rede, não abordar o problema, não “começar por uma ponta”, não é solução. Impõem-se medidas conjugadas com outros Municípios com o mesmo problema e com o Governo.

A recolha de resíduos urbanos, sólidos e líquidos, deve ser mais seletiva e fomentar a sua redução. Já não faz sentido o consumo de água e a “produção do lixo” estarem ligadas para efeitos de abordagem e cobrança de taxas. A gestão dos espaços verdes e a valorização da floresta são temas muito importantes no nosso programa a propor. A floresta não importa só discutir quando se põe o tema dos incêndios. Ela produz pasta de papel, oxigénio, espaços de lazer e bem-estar.


4 – Que intervenções pode esperar do executivo Municipal o movimento
Associativo?

A Casa da Juventude, como sede do expoente criativo e empreendedor dos Jovens do Concelho, quer afirmar-se como um Parceiro e um acelerador, também, na atividade do Movimento Associativo Jovem do Concelho. As demais Associações, na cultura, desporto, ambiente, ação social, podem esperar da Câmara um Parceiro para o desenvolvimento das suas atividades. A Câmara não chega a todo o lado (nem deve), deixando para as Associações uma intervenção mais específica e do campo que trabalham e melhor conhecem. A Feira das Tasquinhas será um exemplo desta Parceria entre Câmara e Associações. Tem estado em crise. A última edição das Tasquinhas foi um mau exemplo do estado crítico a que chegámos. Temos de analisar, dialogar e inverter este caminho


5 – Na área do desenvolvimento económico quais são as orientações?

A promoção do Concelho, das suas potencialidades, estruturas e condições já existentes. Todos em geral, mas os jovens em especial, terão de ter acesso a incentivos diretos nos impostos e taxas que pagam para arrendar, comprar, construir ou restaurar habitação. É muito importante segurar a população que temos e trazer mais pessoas para aqui viverem e fazerem a sua vida.
Ocupação e desenvolvimento social dos seus filhos, rede móvel e por cabo, sustentar ligações fiáveis de dados, imagem e voz para teletrabalho, lazer, negócios, são essenciais.
Não temos elevada taxa de desemprego, mas temos de fomentar emprego mais qualificado e que atraia pessoas e quadros.
A qualidade de vida é uma condição passiva, as medidas diretas de incentivo e fomento são condições ativas, e necessárias. Que morem e trabalhem cá. Se trabalharem fora, ao menos que morem e façam vida social cá.


6 – Como pensa aproveitar o Plano de Reestruturação e Resiliência para atrair investimento?

É necessário e urgente fazermos um levantamento da situação económica real e atual. Um “Estudo Estratégico” para 10 anos, feito em 3 semanas e sem abarcar todos os intervenientes e todas as forças-vivas do Concelho (como o Plano Estratégico 2030) não pode dar uma imagem fiel do que somos e do que precisamos.
Nem para onde queremos ir.
Caracterizar os negócios e áreas de intervenção, públicas e privadas, e saber onde pode o Município intervir e captar Fundos (ou ajudar a fazê-lo) e qual a sua real capacidade económica própria de acompanhar a sua comparticipação.
O PRR e os Fundos Comunitários (2021-2027) são uma derradeira oportunidade para Rio Maior se posicionar em termos de investimento, em todas as freguesias e na sua ação central enquanto Município, desde a valorização de pessoas, às infraestruturas.
Conhecer esta mecânica de atuação, o posicionamento e negociação com o Governo, Gestores dos Programas, Associação de Municípios e outros Municípios, exige experiência e conhecimento neste campo. Reunimos uma equipa Candidata à Câmara que conhece estes caminhos e está à vontade.
Tudo conta. E esta será uma área prioritária para nós: captar fundos, captar investimento, construir e desenvolver Rio Maior.

Veja as respostas de outros candidatos

Editor Web
António Moreira Prof. Adjunto no Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Desporto de Rio Maior Doutorado em Ciências do Desporto - UTAD Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Chinesa Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - ICBAS da Universidade do Porto É Director do RMJORNAL.com
https://rmjornal.com

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