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Luís Filipe Santana Dias

Ciclo Autárquico 2021-2024 – Entrevista com Luís Filipe Santana Dias

Respostas do Candidato pela Coligação Juntos pelo Futuro PSD/CDS Luís Filipe Santa Dias

Luís Filipe Santana Dias

1 – Qual é a sua proposta sobre a organização administrativa dos Serviços
Camarários ?

Os recursos humanos de qualquer organização são o seu bem mais indispensável, e a sua base de organização o fator de produção e produtividade mais importante. O ano de 2022 será de assunção novas competências nos municípios. A organização que, em conjunto com a minha equipa promovi no inicio de 2018 nestes serviços, teve em linha de conta estas novas competências, criando unidades e subunidades nos mesmos, por forma a torná-los mais eficientes e com maior capacidade de resposta. Quero continuar a dar corpo à modernização dos serviços, como disso foi e será exemplo o recurso a meios eletrónicos para realização de atendimento ou a possibilidade de adesão à faturação eletrónica dos serviços prestados pelo município. Na organização do município, num Concelho que está a beneficiar de um crescimento diário, quer em empresas quer em construção de habitação, pretende-se um reforço imediato da Unidade de Obras Particulares por forma a melhorar o serviço prestado ao cidadão, este é um trabalho que já está iniciado e que brevemente dará frutos. Ao longo dos anos, temos também assistido a uma diminuição do número de trabalhadores municipais afetos ao serviço de exterior, o que obviamente sobrecarrega os existentes e diminui a nossa capacidade de ação por administração direta. Iniciei já o processo de inversão deste facto, com a contratação de vários operacionais, jovens, dinâmicos e com excelente capacidade de trabalho. O objetivo será sempre ter o melhor serviço possível a todos os Riomaiorenses e a quem aqui queira investir. Diria que há sempre muito a fazer na atualização dos serviços e adaptação às necessidades de cada momento, e por esse motivo, a formação dos funcionários municipais tem sido uma constante e pretendo sempre incentivar esta prática, no sentido de poder manter atualizados aqueles que são o verdadeiro rosto do município.


2 – Quais sãos as ideias chave para a organização da Mobilidade, e Rede Viária?

Temos pautado pelo investimento na rede viária nas freguesias de todo o Concelho. Tivemos e manteremos o investimento continuado nas nossas estradas, por forma a não repetir imprecisões do passado, manter será sempre mais barato, e mais seguro, do que refazer depois de danificado. Todos os anos definimos uma verba global de investimento, que depois de ouvidas as prioridades das freguesias, é aplicada, resolvendo problemas com várias décadas de existência.

Iniciámos também a modernização do Concelho e incentivámos novas formas de mobilidade, recorrendo a investimentos diferenciados, bem como à mais moderna tecnologia para tornar possível a deslocação, deixando uma pegada carbónica cada vez menor. Disso é exemplo a construção de ciclovias de ligação entre a cidade e as localidades vizinhas, estando a ligação Rio Maior-Asseiceira já efetuada, a ligação Rio Maior-Vale de Óbidos já adjudicada e que irá iniciar ainda em Setembro a sua construção, estando também planeada a, há muito desejada, ligação Rio Maior-Azinheira. Criámos o primeiro posto de carregamento elétrico, lançámos o projeto RMBikes, um projeto de partilha de modernas bicicletas elétricas, e que tem tido uma excelente aceitação por parte de todos. Estendemos já este projeto à Freguesia de Asseiceira, beneficiando da ciclovia que também este mandato construímos, sendo objetivo o alargamento desta rede a todas as localidades cujas condições de circulação o permitam fazer em segurança.

Outra prioridade para nós, é poder dotar as estradas de ligação entre freguesias de melhor qualidade, acrescentando a ligação pedonal ou ciclável sempre que possível, quebrando com isso “barreiras” entre as localidades. Sei que é possível ligar através de ciclovia, por exemplo, Vila da Marmeleira e Assentiz, Malaqueijo e Azambujeira, entre outras localidades. Pretendemos dar a todos qualidade de vida semelhante, para que quem decida viver na pacatez da aldeia, não tenha de estar afastado das melhores condições.


3 – Quais são as directrizes que tem programadas para a área do Ambiente e da Qualidade de Vida?

Neste Concelho a qualidade de vida é uma realidade reconhecida por todos aqueles que em Rio Maior decidem residir, trabalhar, estudar ou investir. A preocupação com o ambiente e boas práticas ambientais tem sido uma constante, sendo já visíveis os frutos desse trabalho.

A requalificação do nosso Parque do Rio, bem como a devolução do Rio à população, foram grandes conquistas de toda a comunidade. Estamos na fase final de desenvolvimento de dois projetos que pretendem proteger e potenciar as nossas linhas de água: o primeiro, de requalificação e naturalização das margens da Ribeira de São Gregório e do Rio Maior, o segundo com a construção de um percurso misto, entre caminhos rurais e passadiços de madeira, que liga o Parque do Rio e a Nascente do Rio Maior nas Bocas.

Os municípios serão obrigados a iniciar a recolha separativa de bio resíduos, provocando necessárias alterações aos nossos hábitos, mas contribuindo em muito para uma melhor utilização dos recursos. Iremos fomentar a compostagem comunitária, reduzindo os resíduos que necessitam de tratamento, criando ainda valor naquilo que antes era desperdício. Ainda neste âmbito, o alargamento da recolha diferenciada de resíduos, e rede de saneamento, principalmente nas Freguesias, é um objetivo.

Nascerá um projeto que marcará o futuro do centro da nossa cidade, reabilitando toda a zona a tardoz dos edifícios entre a Av. Paulo VI e a Rua do Mercado, criando ali um espaço verde e de estacionamento, resolvendo a falta de lugares para os moradores daquelas imediações, garantindo um pulmão verde no centro da cidade.

Rio Maior é mais verde do que há uns anos, a criação de mais espaços verdes, o muito menor custo e impacto devido ao investimento na iluminação pública do concelho, o trabalho de despoluição das linhas de água são exemplos felizes e que pretendo continuar.


4 – Que intervenções pode esperar do executivo Municipal o movimento
Associativo?

As associações são o primeiro agente de cidadania das localidades e das comunidades. Nas funções de Presidente de Câmara, bem como em outras funções públicas que desempenhei, tentei primar por manter uma relação próxima com as coletividades e com os seus corpos sociais, encontrando em conjunto soluções para os seus desafios.

Nas associações existe sempre, felizmente, muito trabalho a fazer, mas diria que neste mandato demos passos muito importantes. Através do nosso trabalho, hoje é possível isentar qualquer associação do pagamento do IMI, imposto que nestas associações se revelava injusto, sendo a Câmara, ainda que de forma indireta um castrador da sua saúde financeira, ao invés de ser o seu principal impulsionador. Isso acabou, felizmente. Durante todo o mandato, fizemos crescer o apoio financeiro através de contrato programa a todas as associações do Concelho. Apoiámos, desde o primeiro dia e com apoios pontuais, significativas melhorias no património associativo, viabilizando intervenções que de outra forma seriam impossíveis, protegendo com isso a memória coletiva das populações.

Pretendo manter esta proximidade, desejando que em conjunto possamos dar um grande salto qualitativo, desenvolvendo formações nos mais variados âmbitos para os seus corpos sociais e auxiliando estas entidades a que possam ter acesso a fundos comunitários para o desenvolvimento da sua atividade e das suas terras.

No sector desportivo continuaremos a apoiar os clubes, apadrinhando ainda todos os atletas que pelo seu desempenho levaram e levam cada vez mais longe o bom nome de Rio Maior. Na cultura, envolver cada vez mais as associações com a programação e desenvolvimento culturais da Câmara, é o caminho que temos percorrido e que pretendemos continuar a percorrer.

O trabalho abnegado de todos estes homens e mulheres que se disponibilizam, através das suas associações e clubes, para trabalhar em prol das suas gentes, é reconhecido, apoiado e assim continuará.


5 – Na área do desenvolvimento económico quais são as orientações?

Esta é uma área de vital importância para o Concelho. Tive a oportunidade de em conjunto com todas as forças vivas do Concelho, realizar e apresentar a estratégia de desenvolvimento económico para a próxima década do Concelho. Um correto planeamento é a base do sucesso de qualquer entidade gestora de território e é neste correto planeamento e melhor execução que assento a forma de ação das equipas que lidero. Toda esta planificação foi idealizada e orientada para aqueles que serão os grandes planos de apoio e incentivo nos próximos 10 anos: O Next Generation EU, e o Plano de restruturação e Resiliência para Portugal.

Acredito num Concelho de desenvolvimento sustentado e harmonioso, em que o emprego e a industria cresçam a par com a qualidade de vida, com a qualidade da educação, com qualidade na atividade cultural, com políticas próximas e uteis na ação social, com qualidade nos serviços de saúde, com desenvolvimento do território rural. É necessário que não tenhamos um Concelho a várias velocidades, respeitando, no entanto, as diferenças e especificações de cada localidade que compõe o nosso território.

Demos nos últimos dois anos, um grande salto na captação de empresas para o nosso Concelho. Neste período, fixaram-se em Rio Maior 292 pequenas ou médias empresas, tendo sido realizados no nosso parque de negócios vendas de lotes que correspondem à fixação de 9 empresas de maior dimensão, todas elas ou já em construção ou a terminar o seu processo de licenciamento.

Para podermos continuar nesta linha de ação, teremos de implementar de forma urgente algumas medidas como por exemplo a modernização e requalificação da nossa zona industrial ou o reforço e constante melhoria daquilo a que chamámos “via verde do empresário” para que quem decide investir em Rio Maior, não se veja nunca perdido num mar de burocracia.


6 – Como pensa aproveitar o Plano de Reestruturação e Resiliência para atrair investimento?

A esmagadora maioria do financiamento está direcionado a entidades públicas. Se enquanto Presidente de Câmara e candidato ao mesmo órgão, vejo óbvia vantagem, enquanto cidadão penso que seria adequado dirigir grande parte deste investimento às empresas. São elas as verdadeiras criadoras de riqueza, geradoras de emprego sustentado e que podem efetivamente catapultar o país para outro nível de produtividade. Fomentando o seu desenvolvimento e fiscalizando a aplicação destes fundos, daria ao país outra capacidade tornando-o mais competitivo

Uma análise detalhada às dimensões deste plano (Resiliência, Transição Climática e Transição Digital) não caberia nesta curta resposta. Temos em andamento projetos que serão alvo de financiamento. Nestas áreas enumero alguns dos projetos, deixando outros para a apresentação do programa eleitoral.

Resiliência:

– Habitação – Aproveitamento de edifícios municipais (antigas escolas, postos médicos desativados etc, para habitação social temporária ou emergente)

– Respostas Sociais – implementação de programa congregador de ATL e Centros de Dia, promovendo a interação inter-geracional

– Infraestruturas – Alargamento da rede de saneamento básico e requalificação de rede viária. Pretende-se ver realizada a obra prometida pelo governo, desde 2016 e presente neste plano, a requalificação da N114.

– Gestão Hídrica – Continuação da requalificação do Rio Maior, recuperação de açudes, Construção de passadiços ao longo do Rio Maior, recuperação da zona da Central Elétrica e sua envolvente.

Transição Climática:

Eficiência Energética em edifícios – Dotar todos os edifícios públicos do Concelho de Classificação energética superior

Mobilidade Sustentável – Realização das ciclovias entre a cidade e localidades adjacentes, alargamento da rede de carregamento elétrico, monitorização da atividade física com incentivos a praticas sustentáveis de deslocação.

Transição Digital:

Escola Digital – Reforço dos meios digitais à disposição de professores, alunos e encarregados de educação.

Modernização dos serviços públicos – Disponibilização ao cidadão de meios de atendimento eletrónico, disponibilização de plataforma digital para comunicação entre o munícipe e o município.

Veja as respostas de outros candidatos

Editor Web
António Moreira Prof. Adjunto no Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Desporto de Rio Maior Doutorado em Ciências do Desporto - UTAD Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Chinesa Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - ICBAS da Universidade do Porto É Director do RMJORNAL.com
https://rmjornal.com

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