CARATERÍSTICAS DA ÁGUA
Transcrevo algumas informações da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR), sobre algumas das razões que podem justificar as caraterísticas da água mais percecionadas pelos consumidores.
O Cheiro, o sabor, a cor e a turvação
A água que corre nas nossas torneiras é potável. No entanto, o consumidor pode em certos casos detetar cheiro, sabor, cor ou mesmo turvação na água, o que pode criar uma perceção de rejeição. Estas caraterísticas podem ter origem em diversas causas: minerais que ocorrem naturalmente na água; processos de tratamento utilizados para tornarem a água potável; ações de reparação e manutenção na rede pública; degradação da canalização das redes e das canalizações da nossa casa.
Observam-se seguidamente algumas das situações mais correntes. A cor branca ou turva
A acidental ocorrência de cor branca na água da torneira deve-se à existência de ar dissolvido na água, com a formação de pequenas bolhas. É originada, principalmente, por oscilações de pressão nas tubagens ou reservatórios que tornam a água, momentaneamente, esbranquiçada. Este aspeto é pontual e passageiro, e não afeta a qualidade da água. Ao deixarmos a água repousar por alguns instantes num copo transparente, verá como a água volta a ficar límpida.
Quando a água apresenta, cor castanha ou avermelhada
A eventual situação de cor castanha ou avermelhada na água da torneira é devida à presença de minerais como o ferro e/ou o manganês.
Alterações na temperatura ou pressão e velocidade da água poderão originar uma turvação castanha, originada pela formação e arrastamento de depósitos de ferro nas tubagens metálicas. Para minimizar esta situação, deixe correr a água durante algum tempo até voltar a sair límpida. Evite lavar a roupa com a água nestas condições.
Cheiro ou sabor a cloro
A casual situação de cheiro ou sabor a cloro na água da torneira, resulta do processo de desinfeção da água. O cloro é adicionado à água com o objetivo de eliminar bactérias e outros microrganismos que possam contaminar a água na rede pública. Por essa razão, uma quantidade residual de cloro é mantida na rede até à nossa torneira. Assim, é possível que note um ligeiro cheiro ou sabor a cloro ao beber água da torneira. No entanto, estas pequenas quantidades de cloro na água garantem a sua desinfeção e não representam qualquer perigo para a saúde. Para eliminar o cheiro a cloro basta deixar a água repousar cerca de meia hora ou guardar a água no frigorífico, devidamente acondicionada.
Dureza da água
A dureza da água é causada pela presença de sais dissolvidos, essencialmente cálcio e magnésio. A água é considerada dura quando existem valores significativos destes sais e macia quando contém pequenas quantidades. As águas duras poderão não dissolver bem sabão, detergentes ou champôs, apresentando maior dificuldade em fazer espuma, e poderão causar mais facilmente depósitos de calcário em equipamentos. Os depósitos de calcário nos pequenos eletrodomésticos são fáceis de eliminar com uma solução de vinagre branco. Para as máquinas de lavar roupa, existem no mercado pastilhas anticalcário que se adicionam ao detergente e que evitam a formação destes depósitos.
Ainda sobre Águas
A diferença entre Águas Minerais Naturais e Águas de Nascentes.
O consumidor, além da água canalizada, pode encontrar também disponível no mercado águas engarrafadas: águas minerais naturais e águas de nascente. Sabe quais são as diferenças entre estas?
A diferença a saber, as águas minerais naturais e, as águas de nascente não podem ser sujeitas a qualquer tratamento de desinfeção nem submetidas a outros tratamentos que lhes altere as suas propriedades.
Águas minerais naturais
As águas minerais naturais, são águas de circulação subterrânea, consideradas bacteriologicamente próprias, com características físico-químicas estáveis na origem, ou seja, possuem características que as distinguem das outras águas subterrâneas, como sejam os níveis de estabilidade dos parâmetros físico-químicos que as caracterizam.
Águas de nascente
Quanto às águas de nascente, são águas de circulação subterrânea, consideradas bacteriologicamente próprias, com características físico-químicas que as tornam adequadas para consumo humano no seu estado natural.
João Teodoro Miguel escreve às quintas feiras no Rio Maior Jornal
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