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Ano Lectivo

Aí está o Ano Lectivo 2021/2022

Aí está o Ano lectivo 2021/2022.

Na presente semana, centenas de milhares de alunos voltam à escola para o novo ano lectivo.

Em tempos de agitação, seja pela pandemia que teima em não acabar, seja pela realização de eleições autárquicas, esta época que no ciclo de natureza coincide com a acalmia pós colheitas, é, na actividade exclusiva dos humanos, a altura de iniciar um novo começo, com todo o bulício próprio de qualquer início.

Em Rio Maior não será diferente.

Num concelho com 2 Agrupamentos, Fernando Casimiro Pereira da Silva e Marinhas do Sal, 2 estabelecimentos de ensino privado, no primeiro ciclo, que abarcam os alunos do pré-escolar ao 9º ano, A Escola Secundária Augusto César da Silva Ferreira, A Escola Profissional de Rio Maior, e ainda a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, para além de 2 estabelecimentos de ensino privado, mais de 4000 crianças e jovens iniciarão a sua actividade em pleno até ao final do mês.

Ano Lectivo 2021/2022
Mais um ano que começa

Em Portugal, o ensino nas escolas públicas teve início com os Jesuítas, iniciado em meados do Séc. XVI, no reinado de D. João III, foi crescendo com o apoio da coroa portuguesa, mas os Jesuítas responsáveis por esta tarefa focavam a sua acção especialmente no então chamado ensino Médio e Superior da época, não tendo grande acção no “ensinar a ler e a escrever”.

O Ensino do Ler Escrever e Contar, também conhecido pelo “ensino das primeiras letras”, estava nesta época circunscrito às Escolas dos Nobres, aos raros Mestres Particulares muitas vezes destinadas por mestres escola, e quem podia prosseguia estudos nos colégios jesuítas que desde meados do Séc XVI se foram espalhando por todo o continente e ilhas  e fez com que Portugal tivesse nessa altura níveis de literacia que lideravam a Europa.

É, no entanto, com a importância dada aos ideais da revolução francesa, que a educação passou a ter um papel fulcral na sociedade, promovendo os pilares de ascensão social, ao mesmo tempo que se tornava cada vez mais universal e gratuita, isto é, suportada pelo erário público.

De facto, nos nossos dias a universalidade e a tendência para a gratuitidade do ensino, é tão comum que a maioria de nós, não tem sequer ideia dos meios que as instituições públicas colocam ao dispor das famílias para que o ensino possa ter lugar.

No Concelho de Rio Maior, o ensino público do 1º ao 12º Ano é ministrado a um total de 2693 alunos.

A esses alunos são fornecidas mais de 200 mil refeições, cujo custo ascende a quase 472 mil euros por ano lectivo.

Para que os alunos cheguem aos estabelecimentos de ensino, é necessário providenciar transporte para 1 em cada 3 destes alunos cujo custo desse transporte se fixa em quase 350 mil euros.

Os custos anuais com o pessoal não docente, num total 143 funcionários, divididos entre 33 Assistentes técnicos e 106 assistentes operacionais, e alguma contratação de serviços externos de limpeza, orçou em mais de 1 milhão e 366 mil euros.

No ano lectivo passado e ainda fruto da pandemia, foi necessário reforçar os meios informáticos disponíveis para os alunos, e foram fornecidos 317 equipamentos, dos quais 167 computadores portáteis, 30 computadores de secretária, e 120 tabletes, que custaram cerca de 104 mil euros.

Para além de tudo isto, onde ainda há ainda vários programas promovidos a nível municipal, com ou sem colaboração do orçamento do estado;

O Projecto Ser Maior, destinado aos alunos do pré-escolar, e que inclui de actividades, como a expressão musical, com vista ao desenvolvimento integrado de competências, nomeadamente nas áreas de desenvolvimento pessoal e social, da criatividade, da sensibilidade estética.

O Projecto Mindfulness, orientado para potenciar a gestão das emoções, o autoconhecimento e a capacidade de gerir situações adversas, cujo investimento se situa nos 15 Mil euros.

O Programa Pedagógico, visa dar a conhecer à comunidade educativa os recursos locais, organizado por áreas: Expressões Artísticas, Livro e Leitura, Património Cultural e Local, Cidadania e Participação, Ambiente e Consumo Sustentável, e Saúde e Bem-estar, e disponível para todos os níveis da escolaridade obrigatória.

Nutrição, da responsabilidade técnica da nutricionista do município, promove experiências de desenvolvimento integral, ao nível da alimentação saudável, com actividades de cariz formativo e informativo.

O Programa AEC’s, actividades de extensão curricular, que é financiado pelo Orçamento do Estado, num valor de 150€ por aluno, num total previsível de 98 mil euros, que visa actividades de caracter lúdico, e que este ano lectivo estará à responsabilidade de execução da Escola Profissional de Rio Maior.

Há ainda que acrescentar o programa de Bolsas de Estudo, para alunos do Ensino Superior, que teve no ano lectivo transacto, 11 candidatos.

Além de tudo isto existe ainda os serviços de redes de creches, que trataremos num próximo artigo, bem como a integração dos alunos com Necessidades Educativas Específicas englobado no centro de recursos integrados.

É, portanto, fácil de perceber por todos nós a complexidade e a quantidade elevada de recursos necessários para que as nossas crianças e jovens, tenham acesso à escola, já que aos que aqui referimos, falta ainda acrescentar todo o investimento necessário para a concepção e construção das instalações e equipamento, as verbas necessárias à manutenção e reparação das instalações, e naturalmente os encargos com o pessoal docente.

Editor Web
António Moreira Prof. Adjunto no Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Desporto de Rio Maior Doutorado em Ciências do Desporto - UTAD Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Chinesa Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - ICBAS da Universidade do Porto É Director do RMJORNAL.com
https://rmjornal.com

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