A GLOBALIZAÇÃO E A PANDEMIA
Tenho andado a pensar em alguns efeitos da atual pandemia, a maneira como nos assola e martiriza, aliado, ao processo de grande mobilidade permitida pela globalização no planeta Terra. Os efeitos são na sua grande maioria, prejudiciais às pessoas, aos Estados e às empresas.
Já lá vão dois anos de uma crise de que ninguém estava à espera. A pandemia veio exigir respostas às empresas e aos Estados, projetando a vida para um novo figurino económico. Até agora, foram os prejuízos nas empresas, a despesa pública a crescer, o empobrecimento das famílias. No entanto, a implementação e dinamização de algumas medidas, em alguns setores, vieram inverter os maus resultados e começaram a ter algum sucesso.
As empresas, para além de ajustarem os preços dos seus produtos aos novos custos, estão também a tentar evitar falhas nos aprovisionamentos através de um aumento dos seus stocks para níveis superiores aos existentes antes da pandemia, algo que no curto prazo, pode acabar por criar ainda mais pressão nas cadeias de distribuição.
Quanto aos Estados, esses, estão mais preocupados especialmente com a subida da inflação, alguns estão a tomar medidas que consigam mitigar e ajudar a desbloquear os estrangulamentos existentes.
A verdade seja dita, ao longo das últimas décadas, as multinacionais deslocalizaram as suas áreas de produção e de conhecimento para o continente asiático, principalmente para a China, agora, para reverter a favor da Europa, grande parte do setor produtivo e, substituir a China de um dia para o outro é muito difícil, diria mesmo, impossível.
João Teodoro Miguel escreve às quintas feiras no Rio Maior Jornal
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